30 de jun. de 2015

Como evitar acidentes com aranhas.

A classe Arachnida (aracnídeos) possui mais de 60.000 espécies espalhadas pelo mundo, entre carrapatos, ácaros, opiliões, escorpiões, aranhas e outros. Neste grupo, as aranhas contabilizam em torno de 35.000 espécies variando forma, tamanho e comportamento.


A maior espécie já encontrada é a aranha Theraphosa blondi “Golias comedora de pássaro”. Nativa da região amazônica, pode chegar a 26 cm de comprimento, havendo relatos de animais com mais de 40 cm. Já a aranha Patu digua, espécie endêmica da Colômbia, mede apenas 0,37 mm de comprimento (machos).

Theraphosa blondi 
Patu digua
Acidentes causados por aranhas são comuns, mas não possuem relevância em saúde pública. São apenas três gêneros de importância médica: Loxosceles (aranha marrom), Phoneutria (armadeira), Latrodectus (viúva-negra). Já as espécies de aranhas que constroem teias aéreas geométricas não oferecem perigo.
De acordo com o Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul, foram registrados 5.665 acidentes com animais peçonhentos no ano de 2013.
Principais medidas preventivas:
  • Ao entrar em lugares fechados há muito tempo, proceder com cautela;
  • Sempre bater colchões. Sacudir roupas, lençóis e sapatos;
  • Optar pela vedação de frestas e buracos, tanto nas paredes como nos assoalhos;
  • Realizar limpezas em áreas externas usando botas, luvas e calças compridas;
  • Nunca colocar as mãos em frestas ou buracos;
  • Redobrar os cuidados nos meses de verão, lembrando que a melhor prevenção é a limpeza periódica dos ambientes;
  • Limpar cuidadosamente atrás de quadros e objetos pendurados;
  • Manter os ambientes ventilados;
  • Eliminar teias;
  • Conservar o quintal e o jardim limpos, organizados (evitar entulhos) e com grama bem aparada;
  • Afastar camas das paredes;
  • Não dependurar roupas fora de armários;
Seguindo estas dicas simples, você poderá diminuir a presença de aranhas em sua casa ou ambiente de trabalho, evitando o risco de acidentes.

Suian Brehm – Bióloga Unicontrol
CRBio 45391-03

23 de jun. de 2015

Aedes aegypti: suas novas doenças e a velha e boa prevenção.

Basta nos descuidarmos, deixando um vaso de flor com pequena quantidade de água no recipiente, água acumulada em potinhos no quintal ou em pneus, até em plantas como as bromélias e tampinhas de garrafa, para termos um criadouro do mosquito Aedes aegypti e o mesmo fechar seu ciclo de reprodução. Esse mosquito além de transmitir a febre amarela e a dengue, agora é protagonista de nova preocupação, transmitindo o Zika vírus e o vírus Chikungunya.
 O vírus Chikungunya ainda não está circulando pelo Brasil, porém já tivemos 20 casos de pessoas contaminadas, mas que vieram de outros países. Há três casos de investigação, um no Ceará e dois no Amapá e a previsão é que no próximo verão haverá uma possível infestação deste vírus. Já o Zyka vírus atingiu os Estados da Bahia, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e Paraíba.
Os sintomas dessas doenças são muito semelhantes, como dor de cabeça, dores e manchas vermelhas pelo corpo, febre alta, dores musculares e nas articulações.

Este inseto (figura 1) extremamente adaptado ao ambiente urbano e ao ser humano e difícil de combater desenvolveu uma série de mecanismos evolutivos para sobreviver e tem escapado de todas as táticas de prevenção e controle da doença.
 
Figura 1: Mosquito Aedes aegypti


O que podemos fazer então?

Prevenir!!! A prevenção é a arma mais eficaz contra esse mosquito. Nós da Unicontrol, sabemos bem o que é isso, pois sempre prevenimos pra não ter que remediar! Realizar uma boa inspeção nos locais mais propícios, conversar com os nossos clientes orientando a melhor maneira de evitar a proliferação e quando necessário, realizar intervenções com aplicações de produtos domissanitários, ou seja, específicos para o controle de insetos.
Segue abaixo algumas dicas para o combate do mosquito e os focos de larvas:


Caso encontre algum foco suspeito de larvas, avise a Vigilância Sanitária de seu município. Se estiver com sintomas parecidos com os citados a cima, procure um médico.

Eloisa Marchetto Bióloga Unicontrol
CRBio 075949/03 - D


16 de jun. de 2015

Controle de roedores e o efeito bumerangue

Um dos desafios para a execução de um controle de roedores efetivo é o combate ao chamado efeito bumerangue. Muitas pessoas, por desconhecerem o efeito bumerangue e tentarem resolver seu problema de roedores de maneira caseira, acabam por aumentar a população de roedores em seu ambiente. Mas como é possível que aumentemos uma população de ratos ao matarmos alguns indivíduos de uma colônia que está infestando nossa empresa ou residência?

Vamos dar um exemplo de Efeito Bumerangue: em uma colônia com 10 ratos adultos, o aparecimento do 11º rato inicia o canibalismo (filhotes são comidos pelos adultos). Isso porque o ambiente dispõe de recursos suficientes apenas para 10 ratos, logo é necessária a eliminação do 11º para não colocar os demais em risco. As fêmeas, então, diminuem sua freqüência de cio e dão luz a ninhadas menores (as quais também são canibalizadas para que a população não aumente). Somente com a ocorrência da morte de 1 dos 10 ratos dessa colônia é que a vaga é preenchida por algum filhote. Dessa forma, a colônia auto regula-se de acordo com os recursos que dispõe para seu sustento.


Caso o homem intervenha nesse equilíbrio e consiga eliminar 4 ratos dessa colônia, por exemplo, as fêmeas poderão gerar 20 filhotes (fêmeas de roedores dão grandes ninhadas), que vão se alimentar da comida dos 4 adultos eliminados. Haverá competição direta entre esses 20 filhotes pelas 4 vagas em aberto na colônia. Os 4 mais fortes tentam eliminar os 16 outros jovens mais fracos, porém esses 16 já não são mais tão desprotegidos nem tão inábeis e, assim, salvam suas vidas fugindo do território e vão habitar áreas próximas, estabelecendo novas colônias. Dessa forma, ao invés da colônia anterior de 10 indivíduos, nos deparamos com duas colônias que totalizam 26 ratos. Ou seja, mais que o dobro do problema inicial, apenas por não ter tido uma atuação correta para a solução da infestação de roedores.


Bom, e qual a solução correta então para um tratamento efetivo contra roedores?

Primeiro de tudo, precisa-se evitar a eliminação de um ou outro indivíduo de maneira isolada, pois isto despertará na colônia a necessidade de reposição de indivíduos conforme vimos acima. Para isso, empresas profissionais de controle de pragas utilizam produtos raticidas especiais que não matam instantaneamente os roedores que o consomem.

Portanto, neste intervalo de tempo entre um e outro roedor que consome a isca raticida, os filhotes também acabam por se alimentar das iscas raticidas e, assim, não sobrevivem para originar novas colônias. Para garantir que toda a população tenha acesso ao raticida, as aplicações são feitas com pelo menos algum intervalo de uma/duas semanas entre elas.