15 de set. de 2015

O que são os “Bed Bugs”?

Bed Bugs são conhecido no Brasil como Percevejos de Cama e apresentam a seguinte classificação taxonômica:

Classe: Insecta
Ordem: Hemiptera
Família: Cimicidae

Os percevejos de cama foram eliminados com a entrada de inseticidas químicos na década de 40. Em 1995 eles ressurgiram na Austrália, mais resistentes, após a proibição do uso de inseticidas mais fortes. Sua proliferação é crescente na Europa e Estados Unidos e instalou-se no Brasil entre os anos de 2005 e 2006.

Principais Características:
São insetos heterópteros e não apresentam asas. Seu corpo é achatado e ovalado, de coloração marrom avermelhada e medem de 4 a 7 mm de comprimento.



São hematófagos obrigatórios associando-se a vertebrados, mas podem ficar até 10 meses sem se alimentar. Sua distribuição é cosmopolita e costumam ficar agrupados.
Possuem hábitos noturnos, escondendo-se durante o dia e localizam o hospedeiro através do calor, respiração e áreas expostas.



O percevejo de cama não está associado a nenhuma doença e sua picada resulta apenas em alergias e incômodo. Elas são facilmente confundidas com picadas de outros insetos, edemas, eczemas, fungos ou até mesmo urticárias. Geralmente só notamos a picada alguns dias depois.

Locais de preferência:
As camas são os lugares mais comuns para se alimentarem, esconderem ou depositarem os ovos. Ainda podem ser encontrados em:
- Sofás;
- Poltronas;
- Atrás de quadros;
- Rodapés;
- Batentes;
- Dentro de espelhos de luz;
- Tomadas;
- Frestas de estrados;
- Móveis;
- Papéis de parede;
- Tecidos para decoração, etc.


Não está mais restrito à viagens, existindo em hotéis, residências, hospitais e escritórios.

Sinais de infestação:
Para saber se você está com uma infestação de percevejos de cama, é necessário reconhecer alguns sinais: busque por manchas marrons ou vermelhas no colchão, lençóis e travesseiros. Os ovos e cascas são esbranquiçados e medem cerca de 1mm.

Além disso:
- Inspecione a bagagem quando voltar a sua casa;
- Evite trazer para casa colchões usados, mobiliário, itens pessoais, roupas e aparelhos eletrônicos;Em hotéis, coloque a sua mala longe da cama (utilizando os racks apropriados) e faça uma checagem nos principais esconderijos procurando por sinais de infestação. Se houver, ligue para a recepção.




Ao chegar em casa, esvazie a mala direto na secadora ou coloque ao sol.
- Utilize protetores de cama;
- Faça a checagem em móveis de segunda mão;
- Reduza o volume de coisas no ambiente, tornando a limpeza e inspeção mais fácil.
- Investigue os potenciais esconderijos e avalie de onde surgiu a infestação.

Os percevejos podem ser transportados nas roupas, malas e mobílias de outros locais e em grandes infestações, o cheiro é semelhante ao da Maria-fedida.

Lembre-se de contatar uma empresa controladora de pragas para realizar o controle químico, quando for necessário.

Suian Brehm – Bióloga Unicontrol
CRBio 45391-03

8 de set. de 2015

Os morcegos e sua utilidade

Os morcegos são mamíferos que caracterizam-se por serem animais vertebrados com corpo coberto de pelos. Os únicos mamíferos com capacidade real de voo. E por incrível que pareça, com papel fundamental no que se diz respeito à reprodução de plantas.

Sabe-se que os insetos são peça fundamental na reprodução das plantas. Porém, os morcegos também possuem uma vasta importância neste assunto. Ao lamber o néctar das flores, os morcegos contribuem para a dispersão do pólen de flor em flor, dando sequência no ciclo de vida das plantas. Isso torna-os valiosos e úteis ao meio ambiente em ambiente com escassez de insetos.

Além disso, o site Ambiente Brasil, nos traz 10  motivos para gostar de morcegos. Confira abaixo:

“Dez motivos para gostar de morcegos:


1. Os morcegos são grandes controladores de insetos. Algumas espécies ingerem 200 ou mais insetos em apenas alguns minutos de vôo.


2. Os morcegos são responsáveis pela formação de florestas. Ao ingerir um fruto deixa cair as sementes em local distante do original, onde poderá nascer nova árvore. Mais de 500 pequenas sementes podem ser transportadas por um único morcego a cada noite.


3. Os morcegos ajudam na reprodução de mais de 500 espécies de plantas, visitando as flores como fazem de dia os beija-flores, transportando o pólen de flor em flor.


4. Há morcegos que se alimentam de pequenos animais, incluindo os roedores, que tanto prejuízo trazem à agricultura.


5. Os morcegos são largamente utilizados em pesquisas, incluindo a ação de medicamentos que no futuro serão em


6. As fezes de morcegos constituem excelente adubo que, foram largamente explorados, até o desenvolvimento dos adubos sintéticos.


7. Os morcegos têm sido analisados na utilização do sonar que poderá auxiliar o homem.


8. A saliva do morcego, por ter forte ação anticoagulante, poderá ser largamente empregada para o tratamento de várias doenças vasculares.


9. Os morcegos são importante na cadeia alimentar.
 


10. O desaparecimento dos morcegos poderá resultar em desequilíbrio e os inconvenientes resultantes poderão ser piores que os causados pela simples proximidade destes animais.”




1 de set. de 2015

Um tratamento mais eficaz para o envenenamento por mordidas de cobras pode estar a caminho

Geralmente, os acidentes com cobras são tratados com o soro antiofídico - obtido a partir de anticorpos do sangue do cavalo, normalmente causam as vitimas hemorragias e problemas teciduais locais.Alguns animais, como as próprias serpentes e alguns mamíferos, apresentam resistência ao envenenamento por mordida de cobras. Foi ao observar essa propriedade entre os gambás que a equipe do Instituo Oswaldo Cruz (IOC) decidiu estudar que composto presente no sangue do animal poderia neutralizar o efeito das toxinas encontradas no veneno de cobras como a Jararaca.Os pesquisadores do Laboratório de Toxinologia do IOC trabalham na produção em laboratório de inibidores de toxinas ofídicas originalmente isoladas do sangue do gambá sul-americano (Didelphis marsupialis).



A equipe identificou, então, duas principais proteínas que estariam envolvidas no processo de neutralização: DM43 e DM64. Enquanto a primeira inibe a ação de compostos que atuam destruindo algumas proteínas do animal afetado e gerando causando a hemorragia, a segunda age sobre as proteínas responsáveis pelos transtornos musculares causados à vítima. "Com isso, confirmamos que o sangue do gambá tem "armas" contra os efeitos mais graves dos venenos de cobras", afirma Perales.

Para avaliar a atividade exercida pelas moléculas, foram feitos testes com camundongos e coelhos. "O tratamento com DM43 e DM64 mostrou-se mais eficiente até do que os soros antiofídicos normalmente usados para tratar pacientes mordidos por cobras" revela o bioquímico. O passo seguinte foi descobrir uma maneira de produzir artificialmente essas moléculas.

Os pesquisadores clonaram, então, a parte do DNA do gambá relativa à produção das duas proteínas. "Esse processo auxiliou a caracterização e o sequenciamento das moléculas", relata Perales. "Agora, estamos trabalhando em um método específico para 'fabricá-las' em laboratório, e possibilitar a produção em larga escala". Segundo o pesquisador, a utilização do soro retirado diretamente do gambá não seria vantajosa porque, além da baixa concentração dessas proteínas no sangue do animal, o processo de purificação seria longo e custoso.

Perales espera que, futuramente, a equipe consiga determinar a melhor forma de produzir as moléculas e sintetizar um medicamento para o tratamento dos acidentes ofídicos. A produção em larga escala, no entanto, não está nos planos dos pesquisadores, que pretendem continuar o estudo verificando a eficiência da DM43 e da DM64 contra patologias como algumas neoplasias (tumor) e a osteoartrite (degeneração das cartilagens acompanhada de alterações das estruturas ósseas vizinhas).

Júlia Mósena – Equipe Técnica Unicontrol