25 de ago. de 2015

Gambás são seres sociáveis

Geralmente, quando o animal tratado em questão é o gambá, é senso comum lembrarmos de que sua principal característica é o mau odor. Porém, este mau cheiro só é emitido nas situações em que o bichano sente-se ameaçado por algum predador. Esta é, talvez, a peculiaridade mais marcante desses animais.
Outra característica muito marcante dos gambás é o fato de andarem por aí sozinhos, como os avistamos normalmente, razão pela qual ganharam fama de antissociais. Porém, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Fundação Oswaldo Cruz, revela o contrário: aponta que eles podem viver em grupo, sendo assim, seres sociáveis.
A pesquisa...
Há oito anos, especialistas acompanham marsupiais da família Didelphidae – que inclui mais de 100 espécies de gambás e cuícas – em uma pesquisa realizada em Guapimirim, no Rio de Janeiro.
Os pesquisadores montaram 312 ninhos artificiais para atrair os animais em um ambiente próximo ao natural. “Diferentemente de estudos feitos com armadilhas que contêm comida, nosso único atrativo para os gambás era um lugar para ficar”, conta o biólogo Diego Astúa, pesquisador da UFPE.
O objetivo da pesquisa era atrair as espécies de Didelphidae que habitam a região e avaliar se os animais dividiriam os ninhos artificiais. Então, a cada gambá que aparecia, os pesquisadores atribuíam números a eles.
Resultados...
A observação mostrou que alguns irmãos da mesma ninhada deitavam juntos para descansar, além de fêmeas com filhotes já desmamados e até mesmo indivíduos de famílias diferentes.
No total, o compartilhamento de ninhos foi observado em dez ocasiões. Apesar do número pequeno, foi considerado muito relevante, pois os Didelphidae são conhecidos por não interagirem entre si. “Às vezes, mal se toleram: brigam por espaço, não se dão bem e até se machucam”, explica o biólogo. “Este estudo foi curioso porque mostrou interações espontâneas anteriores à estação reprodutiva, que não envolviam, portanto, proteção de filhotes”, completa.





Sendo assim, talvez já possamos impor mais simpatia a esses animais com fama de fedidos e mal-encarados!

Paulo Junior - Equipe Técnica Unicontrol

18 de ago. de 2015

O que é Controle Integrado de Pragas?

É um conjunto de ações preventivas e corretivas, para impedir a atração, abrigo, acesso ou proliferação de vetores e pragas urbanas.
Inclui métodos de controle e o desenvolvimento de critérios, visando resultados positivos nos aspectos sanitário, ambiental e econômico.

Como exemplo de medidas preventivas, temos as boas práticas de fabricação e treinamentos. Já na parte de medidas corretivas, estão as barreiras físicas, armadilhas e por fim o controle químico.


Para impedir o acesso, instalação e proliferação de pragas, as construções devem estar em bom estado e o ambiente propriamente adequado.
Elementos como a organização, higiene, limpeza, barreiras físicas e asseio, devem ser mantidos para um controle efetivo.

Outras medidas essenciais:
- Eliminar aberturas;
- Manter as portas fechadas e vedar frestas;
- Instalar telas em janelas e outras aberturas;


- Colocar barreiras em locais de acesso como: tubulações, ralos, condutores de fios, etc;
- Eliminar espaços nas paredes, pisos e forros (pois facilitam a formação de ninhos);
- Evitar o acúmulo de equipamentos e materiais fora de uso;
- Destinar o lixo adequadamente e com frequência constante em sua coleta;



- Remover os entulhos;
- Utilizar ralos sifonados;
- Evitar o acúmulo de água;
- Consertar vazamentos em dutos de água e torneiras;
- Manter gramas e árvores bem aparadas;
- Substituir estrados e azulejos com rachaduras;
- Vedar buracos, fendas, aberturas e rachaduras;
-Manter os produtos armazenados com uma distância mínima do chão e das paredes.


Quando as medidas de prevenção não são suficientes, faz-se necessário o uso de controle químico, na forma de produtos desinfestantes. Este tipo de controle, só deve ser executado por uma empresa especializada em controle de vetores e pragas urbanas.

Suian Brehm – Bióloga Unicontrol
CRBio 45391-03


11 de ago. de 2015

Pulgas = Atletas

Pulgas são insetos pequenos, sem asas, com pernas longas, de corpo marrom escuro e achatado, coberto por placas. São excelentes saltadoras, podendo saltar aproximadamente dezoito centímetros na vertical e trinta e três na horizontal; e muito resistentes, graças à presença de placas na superfície de seu corpo. 

Se quisessem, as pulgas poderiam tranquilamente ganhar a vida como atletas. E certamente não sobrariam muitas medalhas para americanos e chineses nas Olimpíadas! Algumas pulgas podem pular uma distância equivalente a 100 vezes o tamanho do próprio corpo: se mede 3 mm, pode dar um salto de até 30 cm. Isso equivale a uma pessoa de 1,70 m dar um pulo de 170 metros: a altura de um prédio de 60 andares! Além disso, a aceleração produzida por estes pequenos insetos também é extraordinária: enquanto astronautas experimentam acelerações de até 8 G (isto é, oito vezes a aceleração da gravidade), a pulga do rato é capaz de produzir um pico de aceleração de 140 G!!

Figura 1: Sequência do salto de uma pulga.

Pulgas adultas podem ficar meses sem se alimentar, permitindo com que sobrevivam por muito tempo, mesmo quando a oferta nutricional se apresenta escassa. Muitas delas se alimentam de sangue de mamíferos e aves, graças às peças bucais adaptadas para perfurar e sugar: são ectoparasitas. Cada fêmea pode liberar cerca de 500 ovos; e estes são lançados fora do corpo do hospedeiro, em ninhos, covas, solo, e até em carpetes e frestas de pisos. Deles, em aproximadamente doze dias, saem larvas. Elas se alimentam de dejetos, restos de pele e outros resíduos, e passam por três estágios, nos quais ocorrem trocas de pele. Depois, formam casulos, se transformam em pupas e, após este estágio, adquirem forma adulta.

Figura 2: ciclo de vida da pulga.

Mais algumas considerações e curiosidades sobre as pulgas:
  • As pulgas não pulam no escuro;
  • As pulgas podem sim picar o homem se famintas e se não tiver nem um cão ou gato por perto;
  • Os ovos se desenvolvem no ambiente;
  • Os ovos eclodem de 2 dias à 2 semanas;
  • As larvas gostam de se alimentar das fezes das adultas;
  • Uma pulga pode gerar 200 novas pulgas em sua vida;
  • A espécie que parasita o homem é a Pulex irritans;
  • Essa pulga pula e pica o homem e volta para o ambiente, diferentemente da pulga de cães e gatos, que ficam constantemente no hospedeiro;
  • A pulga do rato (Xenopylla spp.) é transmissora da bactéria causadora da Peste Bulbônica;
  • Ainda existe Peste Bulbônica, mas com a ampla utilização de antibióticos dificilmente alguém morre de peste.

    Eloisa Marchetto – Bióloga Unicontrol
    CRBio 075949/03 - D

4 de ago. de 2015

Entre abelhas - Saiba mais sobre esse mundo voador

As abelhas são insetos em sua grande maioria sociais, pertencentes à ordem Hymenoptera. Elas desempenham um papel muito importante em diversos ecossistemas: são polinizadoras. Sua sociedade é constituída pela rainha, zangões e operárias e podem chegar até 100.000 indivíduos por colmeia (fêmeas predominantemente).



Rainha
É duas vezes maior que uma operária, sendo a única fêmea fértil da colmeia, põe de 2.000 a 3.000 ovos/dia. Alimenta-se de geleia real e vive de 5 a 10 anos. Além da postura dos ovos , mantem a ordem social na colmeia através da liberação de feromônios, substâncias químicas que informam os outros indivíduos que há uma rainha e funcionam como sinal de alerta. O uso de feromônios facilita a localização de alimentos e ajuda os membros a se reconhecerem e a identificarem estranhos.

Zangões
São os machos, maiores e mais fortes, não possuem ferrão e sua função é fecundar a rainha. Morrem após o acasalamento.

Operárias
Vivem em média 45 dias. São as únicas que possuem aparelho bucal e patas especializadas para realizar a colheita de pólen. Colhem o néctar, alimentam as larvas, produzem cera, garantem a segurança, conservação e limpeza da colmeia. Além disso, as operárias jovens produzem a geleia real. 

Em relação à nova prole, o fator determinante na formação dos indivíduos, é o alimento fornecido à larva originada do ovo. Se a larva receber geleia real, desenvolverá em rainha. Se o ovo não for fertilizado, irá se tornar um zangão.


As abelhas podem, e muito, beneficiar o meio ambiente, mas é perigoso deixar uma colmeia se desenvolver perto de sua casa ou ambiente de trabalho. A única maneira eficaz de eliminá-las, é com a remoção completa da colmeia. 




Existem problemas com a formação de colmeias em locais próximos a movimentação de pessoas: as abelhas podem atacar e picar animais e seres humanos, por isso deve-se evitar aproximação para que elas não se sintam ameaçadas. Em ambientes comerciais, os clientes podem se sentir desconfortáveis e a imagem da empresa sair danificada, além da perda de clientes e lucros. Os funcionários podem faltar por medo, e pode haver dificuldades em contratar novos.

As pessoas picadas devem procurar atendimento médico, no caso de animais de estimação, serviços veterinários. 

Após picar as abelhas morrem, pois perdem parte do aparato inoculador. O quadro de intoxicação varia, podendo se caracterizar por uma inflamação local, reação alérgica (onde o paciente pode chegar a sofrer choque anafilático) ou mesmo uma manifestação mais grave. Não existe soro específico no Brasil.

Não permita que pessoas não habilitadas tentem fazer a remoção das abelhas. Procure um especialista em controle de pragas.

Suian Brehm – Bióloga Unicontrol
CRBio 45391-03