20 de out. de 2015

Dedetização ou desinsetização?

O DDT (sigla para Dicloro-Difenil-Tricloroetano) foi o primeiro inseticida moderno. Após a sua introdução e amplo uso doméstico, a ação de desinsetizar também passou a ser chamada de "dedetizar" ou "dedetização". Com o tempo, porém, o uso do DDT foi descontinuado, sendo o mesmo substituído por produtos mais modernos e novas técnicas de aplicação e controle de ambientes. Portanto, ao falar que precisamos fazer uma "dedetização" ou de uma "dedetizadora", o que estamos querendo dizer é "desinsetização" e "desinsetizadora".

Uma das principais técnicas e a mais utilizada nos dias atuais é o conceito de Controle Integrado de Pragas (CIP) ou Manejo Integrado de Pragas (MIP).  Através desta técnica, objetiva-se minimizar gradativamente a utilização de agentes químicos agressivos ao meio ambiente, bem como reduzir perdas patrimoniais e financeiras causadas pela ação de pragas infestantes.

Com o CIP, o prestador de serviços de controle de pragas atende premissas básicas como identificação das pragas, decisão do método de controle e comunicação com o cliente realizadas através de Procedimento Operacional Padrão (POP), de Relatórios Técnicos e Palestras sensibilizadoras para as ações profiláticas. O comprometimento do público interno é de vital importância para a eficácia do processo, seja nos cuidados com a higiene ambiental, como em eventuais modificações de estrutura que possam ser sugeridas pelo APCCIP (Análise dos Pontos Críticos do Controle Integrado de Pragas).

Então, na hora de escolher a empresa de controle de pragas urbanas para fazer o serviço em sua casa ou empresa, procure saber como ela trabalha. Quer ela seja a nossa empresa (Unicontrol) ou qualquer outra empresa do mercado, ter este cuidado lhe ajudará a utilizar seu dinheiro de forma mais eficiente na resolução de seus problemas com pragas urbanas.



Lembre-se, assim como remédios que compramos em farmácias, os produtos químicos de controle de pragas são venenos. A aplicação e a dosagem de remédios e produtos, se não forem feitas de maneira correta, podem resultar em completo fracasso dos tratamentos e até mesmo intoxicação de pessoas, animais e ambiente.

14 de out. de 2015

Como verificar a presença de roedores?

Existem alguns sinais que denunciam a presença de roedores em um imóvel e vamos relatar para você, para que possa identificar se existe um roedor em sua residência:



a) Sons: É possível escutar à noite barulhos de corridas rápidas, ou de roeduras, nos forros de gesso ou madeira ou também em locais mais tranqüilos do imóvel.
b) Fezes: As fezes dos camundongos têm aproximadamente 0,5 cm de comprimento e são afiladas nas pontas. As fezes de ratos de telhado têm o mesmo aspecto, porém com o comprimento maior (aproximadamente 1 cm). No caso das ratazanas, as fezes têm o comprimento de aproximadamente 1,5 cm e não tem as pontas afiladas.
c) Urina: Quando exposta à luz ultravioleta, a urina dos ratos emite fluorescência, mesmo depois de seca.
d) Trilhas: As trilhas usadas como comunicação das tocas ao alimento, quando feitas em um jardim, são facilmente reconhecidas, pois a vegetação se torna rala ou inexistente nesses locais.
e) Marcas de gordura: Quando os ratos caminham por um local, geralmente o fazem roçando seus corpos nas paredes enquanto se deslocam. Utilizando-se do mesmo caminho, as paredes ficam marcadas com a gordura dos pelos do corpo.
f) Roeduras: Marcas de dentes embaixo das portas, em portas de armários, portas de gabinetes, denunciam a presença dos roedores.
g) Excitação de cães a gatos: Esses animais têm um olfato muito apurado e ficam especialmente agitados quando percebem a invasão do seu ambiente por roedores.
h) Ninhos: Muitas vezes são feitos com papéis, pedaços de tecidos, com a presença de grande quantidade de pelos, amontoados em um ponto do imóvel pouco utilizado.
Formas de tratamento:
Para realizar um controle da população de roedores em um local, é necessário antes de mais nada identificar qual ou quais espécies estão convivendo no imóvel. Essa informação é de fundamental importância, pois será a partir dela que serão discutidas as estratégias de controle, baseados nos hábitos comportamentais da espécie em questão.

Sempre é bom lembrar que o controle total da população de roedores é extremamente difícil de ser realizado, pois a dinâmica de uma população apresenta uma série de variáveis difíceis de serem controladas ao mesmo tempo. Além disso, o aporte de alimentos, água e abrigos que o homem fornece aos roedores é vastíssimo, tornando delicada a operação.

Mas existem abordagens de tratamento que, juntamente com o apoio do cliente no cumprimento de medidas preventivas para evitar a entrada de roedores no imóvel, podem efetivamente reduzir a população no local ou nos arredores. Podem ser realizadas a instalação de iscas raticidas em pontos estratégicos, baseado no comportamento de procura de fontes alimentares dos roedores, uso de raticidas em pó de contato no interior das tocas, para que os ratos, incomodados com o pó impregnado em seus pelos, façam o uso da limpeza habitual lambendo-se a absorvendo o raticida. Ou também podem ser usadas placas de cola estrategicamente instaladas, para a captura de camundongos ou ratos maiores, em locais onde não é permitida a instalação de raticidas, como por exemplo áreas de produção em uma indústria.
Medidas preventivas:

Para evitar a invasão de roedores em um imóvel, algumas medidas devem ser tomadas, como:

Limpar diariamente, antes do anoitecer, os locais de preparo de alimentos; Recolher os restos alimentares em sacos plásticos adequados, que serão posteriormente recolhidos pelo serviço de coleta urbana; Manter armários e depósitos livres de objetos em desuso; Buracos e vãos entre telhas devem ser vedados; Manter os terrenos baldios limpos e murados; Manter limpas as instalações de animais domésticos; Evitar frestas embaixo de portas e janelas.


13 de out. de 2015

História do Controle de Pragas

Por 7.500 anos o homem realizou o controle de pragas de forma manual ou naturalmente. Evidências sugerem que eram usados derivados de plantas para tratar sementes e na fumigação. Na China, por volta de 2.500 a.C., já era usado o pó de enxofre para controle de pragas; no século III, usava-se ninhos de formiga predadoras para controle de insetos em pomares cítricos e em 1182 foi criada a primeira lei para controle de insetos-praga.

No Brasil, o crescimento desordenado dos centros urbanos juntamente com a alta imigração principalmente após a abolição da escravatura (1888) e da instituição da República (1889), mostrou um quadro preocupante de saúde pública. No Rio de Janeiro, existiam muitos cortiços e as pessoas ficavam doentes por febre amarela, peste bubônica, varíola, tuberculose. Epidemias destas doenças vitimaram centenas de pessoas e o auge desta crise ocorreu no início do século XX.

As autoridades resolveram reagir energicamente à crise sanitária e chamaram o médico Oswaldo Cruz para iniciar uma campanha de saneamento, utilizando as brigadas mata-mosquitos, nos moldes de combate adotado pelo exército americano em Cuba. Estas brigadas vedavam e expurgavam casas, faziam o policiamento de focos do mosquito e destruíam larvas. Multavam e intimavam os proprietários de imóveis insalubres, exigiam proteções para caixas d’água e colocavam petróleo em ralos e bueiros. Com o decreto 1.802 de 12 de dezembro de 1907, criou-se o Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos, atualmente chamado de Instituto Oswaldo Cruz, que estudaria estratégias para controle de vetores da febre amarela.

O trabalho de Oswaldo Cruz no combate à peste bubônica teve um início mais cedo, em 1898, convidado por Adolfo Lutz para trabalhar lado a lado com Vital Brazil, identificando e prevenindo a peste em Santos. O soro utilizado (antipestoso), foi desenvolvido na Fazenda Butantan (que deu origem ao Instituto Butantan) em 1901. Eles adotaram o soro e a vacina (produzida pelo Instituto Pasteur em Paris) para combater a doença. A campanha ainda incluía isolamento de pacientes, notificação dos casos e desratização da cidade. Santos estava infestada de ratos reservatórios da peste bubônica e o médico promoveu uma campanha de um tostão para cada rato entregue no Serviço Sanitário, causando alvoroço entre as classes mais populares.



A legislação a respeito do controle de pragas obteve um direcionamento mais para o tratamento do ambiente a partir do decreto 16.300 de 1923. Na área agrícola, o DDT (dicloro-difenil-tricloroetano) representou um marco no controle insetos-praga. Foi sintetizado em 1873 por Ziedler, mas somente em 1905 seu orientador ganhou o Nobel de Química por este trabalho. Foi durante a 2ª Guerra Mundial que o Dr. Paul Miller descobriu seu efeito inseticida. Com o uso do DDT, aumentou-se a qualidade e a produtividade agrícola. O controle químico era basicamente o único tipo de controle utilizado, por ser barato, eficiente e fácil de manusear.



Assim surgiu o termo dedetização (aplicação de DDT) e com o tempo passou a significar o controle químico de insetos. Com a proibição de inseticidas organoclorados como o DDT, o termo dedetização acabou sendo substituído pelo termo desinsetização.

O conceito de pragas antes era reservado aos insetos, mas surgiu uma proposta para inclusão de todos os organismos com ação conflitante ao interesse do homem. Baseando-se neste conceito, foi generalizado o termo Controle Integrado de Pragas para Manejo Integrado de Pragas, ratificado pela FAO (Food and Agriculture Organization) a partir de 1972.


7 de out. de 2015

Nova espécie de rato com nariz de porco é encontrada na Indonésia

Um grupo de cientistas descobriu uma nova espécie de rato na Indonésia.
A espécie, de nome científico Hyorhinomys stuempkei, tem "características distintas e únicas, raras em outros ratos", e está sendo chamada de rato-com-nariz-de-porco. Cinco desses roedores foram descobertos na ilha Sulawesi (também conhecida como Celebes) em janeiro por pesquisadores da Austrália, Indonésia e Estados Unidos. O curador do Museu Victoria (Austrália), Kevin Rowe, disse que a espécie "nunca havia sido documentada".
"Saímos a campo para pesquisar as montanhas afastadas da área e contextualizar a evolução na Ásia e na Austrália", disse Rowe.
"Atualmente, não sabemos nada sobre esses ratos e sobre o quanto eles estão distribuídos nas florestas."

'Evolução morfológica notável'
Rowe, especialista em evolução de roedores, passou seis semanas na Indonésia com outros cientistas e um grupos de moradores locais tentando chegar às áreas mais isoladas da floresta.
"Deixamos armadilhas montadas durante a madrugada por alguns dias. Foi quando me deparei com um rato completamente novo", disse.
"Gritei imediatamente para meus amigos porque sabia que era uma nova espécie."
Os ratos pareciam estar "saudáveis, com a barriga cheia", pesando cerca de 250 g. Rowe também acrescentou que, na ilha, havia ratos semelhantes ao animal recém-descoberto, mas eles não "eram iguais".


Obviamente, suas narinas lembram as de um porco e são muito únicas. Mas ele também tem um rosto alongado e orelhas compridas para um rato deste tamanho e dentes inferiores que são mais comuns em musaranhos", disse ele.
"Ele também tem pelos pubianos que são muito compridos, o que vemos em outros mamíferos australianos."
Os ratos descobertos foram preservados e levados para um museu na Indonésia.
Fonte: BBC Brasil

1 de out. de 2015

Você já se perguntou por que não vemos os filhotes de pombos?

Se você mora em áreas metropolitanas, sabe muito bem que os pombos estão por toda parte. Mas e os filhotes, por onde estão?
Acontece que, apesar de serem bem extravagantes na hora da reprodução, a exemplo dos machos, que fazem reverências diante das fêmeas, os pombos urbanos costumam ser bem discretos quanto à localização de seus ninhos. Os locais preferidos geralmente são torres de igrejas, prédios abandonados e pontes.


Normalmente os pombos põem dois ovos que são incubados por 16 a 19 dias. Isto ocorre de três a seis vezes por ano. Após a eclosão dos ovos, os filhotes costumam ficar até 40 dias no ninho sendo alimentados pelos pais. Logo, quando os pombos “saem de casa”, já estão crescidos e fisicamente parecidos com as aves adultas.
Prestando muita atenção, é possível distinguir um pombo jovem de um mais velho, sendo que o mais novo, provavelmente, ainda não terá tiras verdes e roxas ao redor do pescoço.

15 de set. de 2015

O que são os “Bed Bugs”?

Bed Bugs são conhecido no Brasil como Percevejos de Cama e apresentam a seguinte classificação taxonômica:

Classe: Insecta
Ordem: Hemiptera
Família: Cimicidae

Os percevejos de cama foram eliminados com a entrada de inseticidas químicos na década de 40. Em 1995 eles ressurgiram na Austrália, mais resistentes, após a proibição do uso de inseticidas mais fortes. Sua proliferação é crescente na Europa e Estados Unidos e instalou-se no Brasil entre os anos de 2005 e 2006.

Principais Características:
São insetos heterópteros e não apresentam asas. Seu corpo é achatado e ovalado, de coloração marrom avermelhada e medem de 4 a 7 mm de comprimento.



São hematófagos obrigatórios associando-se a vertebrados, mas podem ficar até 10 meses sem se alimentar. Sua distribuição é cosmopolita e costumam ficar agrupados.
Possuem hábitos noturnos, escondendo-se durante o dia e localizam o hospedeiro através do calor, respiração e áreas expostas.



O percevejo de cama não está associado a nenhuma doença e sua picada resulta apenas em alergias e incômodo. Elas são facilmente confundidas com picadas de outros insetos, edemas, eczemas, fungos ou até mesmo urticárias. Geralmente só notamos a picada alguns dias depois.

Locais de preferência:
As camas são os lugares mais comuns para se alimentarem, esconderem ou depositarem os ovos. Ainda podem ser encontrados em:
- Sofás;
- Poltronas;
- Atrás de quadros;
- Rodapés;
- Batentes;
- Dentro de espelhos de luz;
- Tomadas;
- Frestas de estrados;
- Móveis;
- Papéis de parede;
- Tecidos para decoração, etc.


Não está mais restrito à viagens, existindo em hotéis, residências, hospitais e escritórios.

Sinais de infestação:
Para saber se você está com uma infestação de percevejos de cama, é necessário reconhecer alguns sinais: busque por manchas marrons ou vermelhas no colchão, lençóis e travesseiros. Os ovos e cascas são esbranquiçados e medem cerca de 1mm.

Além disso:
- Inspecione a bagagem quando voltar a sua casa;
- Evite trazer para casa colchões usados, mobiliário, itens pessoais, roupas e aparelhos eletrônicos;Em hotéis, coloque a sua mala longe da cama (utilizando os racks apropriados) e faça uma checagem nos principais esconderijos procurando por sinais de infestação. Se houver, ligue para a recepção.




Ao chegar em casa, esvazie a mala direto na secadora ou coloque ao sol.
- Utilize protetores de cama;
- Faça a checagem em móveis de segunda mão;
- Reduza o volume de coisas no ambiente, tornando a limpeza e inspeção mais fácil.
- Investigue os potenciais esconderijos e avalie de onde surgiu a infestação.

Os percevejos podem ser transportados nas roupas, malas e mobílias de outros locais e em grandes infestações, o cheiro é semelhante ao da Maria-fedida.

Lembre-se de contatar uma empresa controladora de pragas para realizar o controle químico, quando for necessário.

Suian Brehm – Bióloga Unicontrol
CRBio 45391-03

8 de set. de 2015

Os morcegos e sua utilidade

Os morcegos são mamíferos que caracterizam-se por serem animais vertebrados com corpo coberto de pelos. Os únicos mamíferos com capacidade real de voo. E por incrível que pareça, com papel fundamental no que se diz respeito à reprodução de plantas.

Sabe-se que os insetos são peça fundamental na reprodução das plantas. Porém, os morcegos também possuem uma vasta importância neste assunto. Ao lamber o néctar das flores, os morcegos contribuem para a dispersão do pólen de flor em flor, dando sequência no ciclo de vida das plantas. Isso torna-os valiosos e úteis ao meio ambiente em ambiente com escassez de insetos.

Além disso, o site Ambiente Brasil, nos traz 10  motivos para gostar de morcegos. Confira abaixo:

“Dez motivos para gostar de morcegos:


1. Os morcegos são grandes controladores de insetos. Algumas espécies ingerem 200 ou mais insetos em apenas alguns minutos de vôo.


2. Os morcegos são responsáveis pela formação de florestas. Ao ingerir um fruto deixa cair as sementes em local distante do original, onde poderá nascer nova árvore. Mais de 500 pequenas sementes podem ser transportadas por um único morcego a cada noite.


3. Os morcegos ajudam na reprodução de mais de 500 espécies de plantas, visitando as flores como fazem de dia os beija-flores, transportando o pólen de flor em flor.


4. Há morcegos que se alimentam de pequenos animais, incluindo os roedores, que tanto prejuízo trazem à agricultura.


5. Os morcegos são largamente utilizados em pesquisas, incluindo a ação de medicamentos que no futuro serão em


6. As fezes de morcegos constituem excelente adubo que, foram largamente explorados, até o desenvolvimento dos adubos sintéticos.


7. Os morcegos têm sido analisados na utilização do sonar que poderá auxiliar o homem.


8. A saliva do morcego, por ter forte ação anticoagulante, poderá ser largamente empregada para o tratamento de várias doenças vasculares.


9. Os morcegos são importante na cadeia alimentar.
 


10. O desaparecimento dos morcegos poderá resultar em desequilíbrio e os inconvenientes resultantes poderão ser piores que os causados pela simples proximidade destes animais.”




1 de set. de 2015

Um tratamento mais eficaz para o envenenamento por mordidas de cobras pode estar a caminho

Geralmente, os acidentes com cobras são tratados com o soro antiofídico - obtido a partir de anticorpos do sangue do cavalo, normalmente causam as vitimas hemorragias e problemas teciduais locais.Alguns animais, como as próprias serpentes e alguns mamíferos, apresentam resistência ao envenenamento por mordida de cobras. Foi ao observar essa propriedade entre os gambás que a equipe do Instituo Oswaldo Cruz (IOC) decidiu estudar que composto presente no sangue do animal poderia neutralizar o efeito das toxinas encontradas no veneno de cobras como a Jararaca.Os pesquisadores do Laboratório de Toxinologia do IOC trabalham na produção em laboratório de inibidores de toxinas ofídicas originalmente isoladas do sangue do gambá sul-americano (Didelphis marsupialis).



A equipe identificou, então, duas principais proteínas que estariam envolvidas no processo de neutralização: DM43 e DM64. Enquanto a primeira inibe a ação de compostos que atuam destruindo algumas proteínas do animal afetado e gerando causando a hemorragia, a segunda age sobre as proteínas responsáveis pelos transtornos musculares causados à vítima. "Com isso, confirmamos que o sangue do gambá tem "armas" contra os efeitos mais graves dos venenos de cobras", afirma Perales.

Para avaliar a atividade exercida pelas moléculas, foram feitos testes com camundongos e coelhos. "O tratamento com DM43 e DM64 mostrou-se mais eficiente até do que os soros antiofídicos normalmente usados para tratar pacientes mordidos por cobras" revela o bioquímico. O passo seguinte foi descobrir uma maneira de produzir artificialmente essas moléculas.

Os pesquisadores clonaram, então, a parte do DNA do gambá relativa à produção das duas proteínas. "Esse processo auxiliou a caracterização e o sequenciamento das moléculas", relata Perales. "Agora, estamos trabalhando em um método específico para 'fabricá-las' em laboratório, e possibilitar a produção em larga escala". Segundo o pesquisador, a utilização do soro retirado diretamente do gambá não seria vantajosa porque, além da baixa concentração dessas proteínas no sangue do animal, o processo de purificação seria longo e custoso.

Perales espera que, futuramente, a equipe consiga determinar a melhor forma de produzir as moléculas e sintetizar um medicamento para o tratamento dos acidentes ofídicos. A produção em larga escala, no entanto, não está nos planos dos pesquisadores, que pretendem continuar o estudo verificando a eficiência da DM43 e da DM64 contra patologias como algumas neoplasias (tumor) e a osteoartrite (degeneração das cartilagens acompanhada de alterações das estruturas ósseas vizinhas).

Júlia Mósena – Equipe Técnica Unicontrol

25 de ago. de 2015

Gambás são seres sociáveis

Geralmente, quando o animal tratado em questão é o gambá, é senso comum lembrarmos de que sua principal característica é o mau odor. Porém, este mau cheiro só é emitido nas situações em que o bichano sente-se ameaçado por algum predador. Esta é, talvez, a peculiaridade mais marcante desses animais.
Outra característica muito marcante dos gambás é o fato de andarem por aí sozinhos, como os avistamos normalmente, razão pela qual ganharam fama de antissociais. Porém, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Fundação Oswaldo Cruz, revela o contrário: aponta que eles podem viver em grupo, sendo assim, seres sociáveis.
A pesquisa...
Há oito anos, especialistas acompanham marsupiais da família Didelphidae – que inclui mais de 100 espécies de gambás e cuícas – em uma pesquisa realizada em Guapimirim, no Rio de Janeiro.
Os pesquisadores montaram 312 ninhos artificiais para atrair os animais em um ambiente próximo ao natural. “Diferentemente de estudos feitos com armadilhas que contêm comida, nosso único atrativo para os gambás era um lugar para ficar”, conta o biólogo Diego Astúa, pesquisador da UFPE.
O objetivo da pesquisa era atrair as espécies de Didelphidae que habitam a região e avaliar se os animais dividiriam os ninhos artificiais. Então, a cada gambá que aparecia, os pesquisadores atribuíam números a eles.
Resultados...
A observação mostrou que alguns irmãos da mesma ninhada deitavam juntos para descansar, além de fêmeas com filhotes já desmamados e até mesmo indivíduos de famílias diferentes.
No total, o compartilhamento de ninhos foi observado em dez ocasiões. Apesar do número pequeno, foi considerado muito relevante, pois os Didelphidae são conhecidos por não interagirem entre si. “Às vezes, mal se toleram: brigam por espaço, não se dão bem e até se machucam”, explica o biólogo. “Este estudo foi curioso porque mostrou interações espontâneas anteriores à estação reprodutiva, que não envolviam, portanto, proteção de filhotes”, completa.





Sendo assim, talvez já possamos impor mais simpatia a esses animais com fama de fedidos e mal-encarados!

Paulo Junior - Equipe Técnica Unicontrol

18 de ago. de 2015

O que é Controle Integrado de Pragas?

É um conjunto de ações preventivas e corretivas, para impedir a atração, abrigo, acesso ou proliferação de vetores e pragas urbanas.
Inclui métodos de controle e o desenvolvimento de critérios, visando resultados positivos nos aspectos sanitário, ambiental e econômico.

Como exemplo de medidas preventivas, temos as boas práticas de fabricação e treinamentos. Já na parte de medidas corretivas, estão as barreiras físicas, armadilhas e por fim o controle químico.


Para impedir o acesso, instalação e proliferação de pragas, as construções devem estar em bom estado e o ambiente propriamente adequado.
Elementos como a organização, higiene, limpeza, barreiras físicas e asseio, devem ser mantidos para um controle efetivo.

Outras medidas essenciais:
- Eliminar aberturas;
- Manter as portas fechadas e vedar frestas;
- Instalar telas em janelas e outras aberturas;


- Colocar barreiras em locais de acesso como: tubulações, ralos, condutores de fios, etc;
- Eliminar espaços nas paredes, pisos e forros (pois facilitam a formação de ninhos);
- Evitar o acúmulo de equipamentos e materiais fora de uso;
- Destinar o lixo adequadamente e com frequência constante em sua coleta;



- Remover os entulhos;
- Utilizar ralos sifonados;
- Evitar o acúmulo de água;
- Consertar vazamentos em dutos de água e torneiras;
- Manter gramas e árvores bem aparadas;
- Substituir estrados e azulejos com rachaduras;
- Vedar buracos, fendas, aberturas e rachaduras;
-Manter os produtos armazenados com uma distância mínima do chão e das paredes.


Quando as medidas de prevenção não são suficientes, faz-se necessário o uso de controle químico, na forma de produtos desinfestantes. Este tipo de controle, só deve ser executado por uma empresa especializada em controle de vetores e pragas urbanas.

Suian Brehm – Bióloga Unicontrol
CRBio 45391-03


11 de ago. de 2015

Pulgas = Atletas

Pulgas são insetos pequenos, sem asas, com pernas longas, de corpo marrom escuro e achatado, coberto por placas. São excelentes saltadoras, podendo saltar aproximadamente dezoito centímetros na vertical e trinta e três na horizontal; e muito resistentes, graças à presença de placas na superfície de seu corpo. 

Se quisessem, as pulgas poderiam tranquilamente ganhar a vida como atletas. E certamente não sobrariam muitas medalhas para americanos e chineses nas Olimpíadas! Algumas pulgas podem pular uma distância equivalente a 100 vezes o tamanho do próprio corpo: se mede 3 mm, pode dar um salto de até 30 cm. Isso equivale a uma pessoa de 1,70 m dar um pulo de 170 metros: a altura de um prédio de 60 andares! Além disso, a aceleração produzida por estes pequenos insetos também é extraordinária: enquanto astronautas experimentam acelerações de até 8 G (isto é, oito vezes a aceleração da gravidade), a pulga do rato é capaz de produzir um pico de aceleração de 140 G!!

Figura 1: Sequência do salto de uma pulga.

Pulgas adultas podem ficar meses sem se alimentar, permitindo com que sobrevivam por muito tempo, mesmo quando a oferta nutricional se apresenta escassa. Muitas delas se alimentam de sangue de mamíferos e aves, graças às peças bucais adaptadas para perfurar e sugar: são ectoparasitas. Cada fêmea pode liberar cerca de 500 ovos; e estes são lançados fora do corpo do hospedeiro, em ninhos, covas, solo, e até em carpetes e frestas de pisos. Deles, em aproximadamente doze dias, saem larvas. Elas se alimentam de dejetos, restos de pele e outros resíduos, e passam por três estágios, nos quais ocorrem trocas de pele. Depois, formam casulos, se transformam em pupas e, após este estágio, adquirem forma adulta.

Figura 2: ciclo de vida da pulga.

Mais algumas considerações e curiosidades sobre as pulgas:
  • As pulgas não pulam no escuro;
  • As pulgas podem sim picar o homem se famintas e se não tiver nem um cão ou gato por perto;
  • Os ovos se desenvolvem no ambiente;
  • Os ovos eclodem de 2 dias à 2 semanas;
  • As larvas gostam de se alimentar das fezes das adultas;
  • Uma pulga pode gerar 200 novas pulgas em sua vida;
  • A espécie que parasita o homem é a Pulex irritans;
  • Essa pulga pula e pica o homem e volta para o ambiente, diferentemente da pulga de cães e gatos, que ficam constantemente no hospedeiro;
  • A pulga do rato (Xenopylla spp.) é transmissora da bactéria causadora da Peste Bulbônica;
  • Ainda existe Peste Bulbônica, mas com a ampla utilização de antibióticos dificilmente alguém morre de peste.

    Eloisa Marchetto – Bióloga Unicontrol
    CRBio 075949/03 - D

4 de ago. de 2015

Entre abelhas - Saiba mais sobre esse mundo voador

As abelhas são insetos em sua grande maioria sociais, pertencentes à ordem Hymenoptera. Elas desempenham um papel muito importante em diversos ecossistemas: são polinizadoras. Sua sociedade é constituída pela rainha, zangões e operárias e podem chegar até 100.000 indivíduos por colmeia (fêmeas predominantemente).



Rainha
É duas vezes maior que uma operária, sendo a única fêmea fértil da colmeia, põe de 2.000 a 3.000 ovos/dia. Alimenta-se de geleia real e vive de 5 a 10 anos. Além da postura dos ovos , mantem a ordem social na colmeia através da liberação de feromônios, substâncias químicas que informam os outros indivíduos que há uma rainha e funcionam como sinal de alerta. O uso de feromônios facilita a localização de alimentos e ajuda os membros a se reconhecerem e a identificarem estranhos.

Zangões
São os machos, maiores e mais fortes, não possuem ferrão e sua função é fecundar a rainha. Morrem após o acasalamento.

Operárias
Vivem em média 45 dias. São as únicas que possuem aparelho bucal e patas especializadas para realizar a colheita de pólen. Colhem o néctar, alimentam as larvas, produzem cera, garantem a segurança, conservação e limpeza da colmeia. Além disso, as operárias jovens produzem a geleia real. 

Em relação à nova prole, o fator determinante na formação dos indivíduos, é o alimento fornecido à larva originada do ovo. Se a larva receber geleia real, desenvolverá em rainha. Se o ovo não for fertilizado, irá se tornar um zangão.


As abelhas podem, e muito, beneficiar o meio ambiente, mas é perigoso deixar uma colmeia se desenvolver perto de sua casa ou ambiente de trabalho. A única maneira eficaz de eliminá-las, é com a remoção completa da colmeia. 




Existem problemas com a formação de colmeias em locais próximos a movimentação de pessoas: as abelhas podem atacar e picar animais e seres humanos, por isso deve-se evitar aproximação para que elas não se sintam ameaçadas. Em ambientes comerciais, os clientes podem se sentir desconfortáveis e a imagem da empresa sair danificada, além da perda de clientes e lucros. Os funcionários podem faltar por medo, e pode haver dificuldades em contratar novos.

As pessoas picadas devem procurar atendimento médico, no caso de animais de estimação, serviços veterinários. 

Após picar as abelhas morrem, pois perdem parte do aparato inoculador. O quadro de intoxicação varia, podendo se caracterizar por uma inflamação local, reação alérgica (onde o paciente pode chegar a sofrer choque anafilático) ou mesmo uma manifestação mais grave. Não existe soro específico no Brasil.

Não permita que pessoas não habilitadas tentem fazer a remoção das abelhas. Procure um especialista em controle de pragas.

Suian Brehm – Bióloga Unicontrol
CRBio 45391-03

28 de jul. de 2015

Escorpiões: o que você precisa saber

A origem dos escorpiões remonta a mais de 400 milhões de anos. A notória capacidade evolutiva e adaptativa permitiu que esses animais resistissem a todos os grandes cataclismos. Para sobreviver por milênios, os escorpiões se adaptaram aos mais variados tipos de habitat, dos desertos às florestas tropicais e do nível do mar a altitudes de até 4.400 metros. Entretanto, a maioria das espécies tem preferência por climas tropicais e subtropicais.
Todos os escorpiões atuais são terrestres. Podem ser encontrados nos mais variados ambientes, em esconderijos junto às habitações humanas, construções e sob os dormentes das linhas dos trens. Procuram locais escuros para se esconder. O hábito noturno é registrado para a maioria das espécies. São mais ativos durante os meses mais quentes do ano (em particular no período das chuvas). Devido às alterações climáticas do globo, em algumas regiões, estes animais têm se apresentado ativos durante o ano todo. São carnívoros, alimentam-se principalmente de insetos e aranhas, tornando-os um grupo de eficientes predadores de um grande número de outros pequenos animais, às vezes nocivos ao homem.
Entre os seus predadores estão camundongos, quatis, macacos, sapos, lagartos, corujas, seriemas, galinhas, algumas aranhas, formigas, lacraias e os próprios escorpiões.

As espécies de importância em saúde.


Das 1.600 espécies conhecidas no mundo, apenas cerca de 25 são consideradas de interesse em saúde. No Brasil, onde existem cerca de 160 espécies de escorpiões, as responsáveis pelos acidentes graves pertencem ao gênero Tityus que tem como característica, entre outras, a presença de um espinho sob o ferrão. As principais espécies capazes de causar acidentes graves são: Tityus serrulatus, Tityus bahiensis, Tityus stigmurus, Tityus paraensis. O escorpião Tityus bahiensis, o único que ocorre no RS é conhecido como escorpião marrom ou preto.


 Figura 1: Tityus serrulatus e Tityus bahiensis.


 Figura 2: Tityus paraensis.  e Tityus stigmurus

Por que fazer o controle de escorpiões?


É necessário controlar as populações de escorpiões pelo risco que representam para a saúde humana, já que a erradicação dessas espécies não é possível e nem viável. No entanto, o controle pode diminuir o número de acidentes e, consequentemente, a morbimortalidade. Esses animais desempenham papel importante no equilíbrio ecológico como predadores de outros seres vivos, devendo ser preservados na natureza. Já nas áreas urbanas, medidas devem ser adotadas para que seja evitada a sua proliferação, por meio de ações de controle, captura (busca ativa) e manejo ambiental.
A busca ativa deverá ser realizada nas áreas interna e externa dos imóveis, principalmente nos seguintes locais:

1.     Assoalhos e rodapés soltos
7. Vigas e telhados em porões, sótãos e forros no teto
2.     Ralos de cozinha, banheiros e área de serviço
8. Móveis, cortinas, estantes, quadros, lareiras
3.     Frestas e vãos de paredes
9. Roupas e sapatos
4.     Batentes de portas e de janelas
10. Objetos empilhados ou jogados
5.     Caixas e pontos de energia
11. Armários sob pias ou gavetas
6.     Sistema de refrigeração de ar
12. Panos de chão e toalhas penduradas





Nas áreas externas a busca deve ser realizada em locais com material de construção (pilhas de telhas e tijolos, blocos de cimento, entulho, pedras, amontoados de madeira, placas de concreto), lixo domiciliar, troncos, galhos e folhas secas caídas, objetos descartados, garrafas empilhadas, frestas e vãos de muros, tanques, fornos de barro e barrancos, galpões, depósitos, viveiros de mudas e plantas, caixas de gordura, canalizações de água, caixas de esgoto, de energia Verificar atentamente onde há mato junto aos muros e nas camadas de materiais empilhados que ficam em contato com o solo.

O que fazer para controlar a ocorrência de escorpiões?

  • Manter limpos quintais e jardins;
  • Acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes apropriados e fechados, e entregá-los para o serviço de coleta;
  • Evitar a formação de ambientes favoráveis ao abrigo de escorpiões, como obras de construção civil e terraplenagens que possam deixar entulho, superfícies sem revestimento, umidade etc;
  • Preservar os inimigos naturais dos escorpiões, especialmente aves de hábitos noturnos (corujas, joão-bobo, etc.), pequenos macacos, quati, lagartos, sapos e gansos (galinhas não são eficazes agentes controladores de escorpiões);
  • Evitar queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os escorpiões;
  • Remover folhagens, arbustos e trepadeiras junto às paredes externas e muros;
  • Manter fossas sépticas bem vedadas, para evitar a passagem de baratas e escorpiões;
  • Rebocar paredes externas e muros para que não apresentem vãos ou frestas;
  • Reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas;
  • Telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques.


Como proceder em caso de acidente?


As medidas devem ser adotadas de imediato e o tratamento instituído o mais rápido possível após o acidente.


O que fazer?

  • Limpar o local com água e sabão;
  • Procurar orientação médica imediata e mais próxima do local da ocorrência do acidente (UBS, posto de saúde, hospital de referência);
  • Se for possível, capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde, pois a identificação do escorpião causador do acidente pode auxiliar o diagnóstico.

O que não fazer?

  • Não amarrar ou fazer torniquete;
  • Não aplicar nenhum tipo de substâncias sobre o local da picada (fezes, álcool, querosene, fumo, ervas, urina) nem fazer curativos que fechem o local, pois podem favorecer a ocorrência de infecções;
  • Não cortar, perfurar ou queimar o local da picada;
  • Não dar bebidas alcoólicas ao acidentado, ou outros líquidos como álcool, gasolina, querosene, etc, pois não têm efeito contra o veneno e podem agravar o quadro.

Eloisa Marchetto – Bióloga Unicontrol
CRBio 075949/03 - D